Estudantes da Mansão do Caminho se apresentaram no XIV Festival Internacional de Percussão 2 de Julho, hoje (24), no Teatro Sesc Pelourinho, em Salvador.
A participação integrou a programação oficial do festival, que reuniu artistas da Bahia e de diversos países entre os dias 21 e 26 de julho.
Além dos estudantes que se apresentaram, outras 40 crianças e adolescentes assistidos da Mansão do Caminho acompanharam o evento como plateia, vivenciando pela primeira vez a experiência de um festival internacional de música.
Para muitos, o momento foi inspirador e marcou a trajetória pessoal e formativa de cada um. “Eu sempre gostei de música e tocava percussão em casa, com um instrumento que tenho, então, quis muito fazer parte da oficina de percussão. Estar num evento desse é muito bom, porque é uma oportunidade nova de mostrarmos o que aprendemos nas aulas”, comenta Alice de Jesus, de 12 anos, aluna do sétimo ano, que também estuda cavaquinho e já cursou artes visuais e teatro.
A apresentação foi resultado do projeto Um Salto para o Futuro, desenvolvido pela Mansão do Caminho com recursos da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), por meio do Ministério da Cultura, e patrocínio parcial da Larco Distribuidora de Combustível. A iniciativa oferece oficinas de percussão, balé, teatro e outras linguagens artísticas para 448 estudantes das escolas regulares da instituição, no contraturno escolar.
“Ver nossos alunos no palco de um festival desse nível, com segurança, alegria e pertencimento, é uma vitória coletiva. Estamos oferecendo não só acesso à arte, mas novas perspectivas de futuro”, destaca Sabrina França, gerente de Desenvolvimento institucional da Mansão do Caminho.
O projeto Um Salto para o Futuro contribui para que crianças e adolescentes tenham acesso à educação em tempo integral, sendo um turno de estudo tradicional e o outro desenvolvendo aptidões artísticas.
“Eu já estive muitas vezes participando de projetos sociais enquanto aluno e, há pouco mais de um ano, estou tendo a oportunidade de ser multiplicador, de ser professor e ver toda essa transformação acontecer. É algo muito valioso”, comenta Zack Nascimento, educador responsável pela turma e pela apresentação no festival.