Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 13 de julho de 2023.
Durante os amargos dias de submissão da Índia ao Império Britânico, Mohandas Karamchand Gandhi, o Pacificador, escreveu: “Se um único homem atingir a mais elevada qualidade de amor, isto será suficiente para acalmar o ódio de milhões”.
Ele mesmo conseguiu esse desiderato – amar com excelente qualidade – e conseguiu libertar o seu país e o Paquistão da escravidão inglesa.
Todo ele fez-se um exemplo do poder do amor, e quando lhe perguntaram qual era o caminho da paz, ele respondeu: “A paz não tem caminho. Ela é o caminho!”.
Perde-se muito tempo em discussões vãs e debates contínuos para que o amor se espraie por toda a Terra e envolva todas as vidas no milagre da afetividade, quando é muito mais fácil iniciar a experiência desafiadora no momento em que se pensa no poder do seu milagre.
Vivemos o momento da violência, da agressividade, da força, do vandalismo ameaçando a sociedade de ser vencida pelo caos, cada dia mais terrível.
Os valores ético-morais estão sendo vencidos pelo atrevimento e vandalismo dos maus. No entanto, igualmente, nunca houve tanto amor e compaixão no planeta como neste período.
As doutrinas científicas e filosóficas a cada momento firmam-se em princípios de dignidade, a fim de alcançar as suas metas que objetivam o bem-estar, a saúde e a paz de todos os seres.
Nunca houve, como atualmente também, tanto interesse pelo bem, pelas minorias de toda espécie que vicejam na Terra.
Antes, os diferentes, os perseguidos, aqueles que não tinham direito a nada, nem sequer a uma existência honrada, eram seviciados, submetidos aos mais perversos comportamentos e padeciam sob a adaga da chamada civilização.
Embora ainda existam muitos bolsões de ódio e crueldade, são inumeráveis os movimentos em favor da igualdade das criaturas, do respeito pela vida, pela valorização de tudo que está ao nosso lado, do direito de viver com honra e dignidade.
É certo que, para ser alcançado esse objetivo, países e governos cultivadores da barbárie tentam dominar outros, mediante a hediondez da guerra.
Está demonstrado, felizmente, que aquele que ama é sempre mais feliz do que o outro, o destituído desse sublime sentimento.
Podemos mesmo afirmar que amizadeterapia é medicina de urgência para os males que vicejam ainda em toda parte.
Estudos cuidadosos têm demonstrado que o amor prolonga a vida, mantém a saúde, torna alegres os seres, equilibram os aflitos e desventurados.
O amor, desse modo, tem urgência entre as criaturas humanas, a fim de alcançar outros patamares existenciais.
Ínsito no ser que vive, o amor é a “alma da vida cantando felicidade”.
Desse modo, seja você quem ama, quem ajuda e, vivendo com amizade, tornará o mundo um verdadeiro Reino dos Céus.